Critica: Room (2015) O Quarto de Jack

21:04 |

Bem ontem assisti o filme Room (2015) outra vez, e foi impossível não me emocionar com a interpretação de Brie Larson  neste  horror claustrofóbico que leva mais drama e suspense e é uma adaptação de um livro da escritora Emma Donoghue, Room. 
Podemos dar muito crédito a escritora do filme que criou uma história muito emocional com este filme. Filmes geralmente de mães protegendo seus filhos dão muito certo, mas nesta situação, faz qualquer um ir á lágrimas. Da forma que a personagem protege seu filho não só das agressões do seu sequestrador, mas como o protege da verdade que poderia fazer desabar seu mundo, faz com que a gente reflita sobre o sentido do amor de uma mãe. Que deixa de se preocupar com si mesma, e coloca todo o bem estar do seu filho em primeiro plano na vida. 
O filme conta a história de uma jovem (Brie Larson) que foi sequestrada e aprisionada durante 7 anos por um psicopata abusador; ela e seu filho (Jacob Tremblay) são forçados a viver num quartinho com uma cozinha, pia e uma banheira no mesmo cômodo, com as paredes grossas de metal, e a porta com um código. Todas as noites, o homem (Sean Bridgers) aparece com comida, e violenta a moça, enquanto Jack é colocado para dormir no guarda-roupa.
Esse lugar com quase nenhuma luz, sem sol é o único espaço que Jack conheceu na vida. E ele é levado a acreditar pela mãe, que para sua própria defesa que existe uma coisa mágica na TV e do lado de fora.  Enquanto o quarto é o pior lugar do mundo para sua mãe, ele é o lugar mais acolhedor e pacífico que Jack poderia conhecer. Mas quando Jack faz 5 anos, sua mãe resolve que ele deve saber o que realmente acontece, pois a situação já esta passando do intolerável para ele e sua mãe. Ela planeja um plano desesperado para salvar o filho do cativeiro.
Brie Larson entrou neste projeto deste filme impossível, e ao mesmo tempo lindo e emocionante, sem mesmo saber onde estava entrando. Em uma entrevista ela disse que foi fazendo testes para um filme, no qual ela não sabia o roteiro, não sabia seu papel, etc.  Ela é muito boa em transmitir a miséria de sua vida: o esforço de esconder a verdade de seu filho, ou melhor, a tensão de se comportar como se a verdade não existisse, uma vez que seria impossível explicar. Ela preserva a paródia macabra de sua inocência neste satânico Eden, com mais ninguém lá, exceto para um adulto de cujo amor ele está confiante, e (periodicamente) outro cujo essencial bondade como um fornecedor não tem motivos para duvidar.
Critica do filme com utilização de trechos de criticas do jornal The Guardian.
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Room (2015) Brie Larson - FanFiction ( O nascimento de Jack ) / Português

08:34 |

Joy esta prestes a dá a luz. Esta sentindo toda a ansiedade e felicidade de se tornar mãe, e junto com todo o horror, o desespero de dar á luz nessas condições. Em suas preces pede á Deus para que nasça um menino. Nick chega no local, e Joy esta com dificuldades de andar. Nick chega e olha para ela com raiva como sempre:

__ Que raiva que tenho de você e deste bebê! - coloca as sacolas com raiva sobre a mesa. Joy não o encara e sai de perto com medo.
__ Como foi seu dia? - fingi interesse.
__ A mesma merda de sempre. Trabalho....trabalho...trabalho...- senta numa cadeira jogando seu corpo e tirando sua jaqueta.
__ E esse barrigão, einh? Quando vai ficar vazia? Tô cansado de chegar aqui, sempre a mesma coisa. A gente não pode transar, e ...fico muito nervoso com tudo isso.
__ Eu estou te pedindo uns dias apenas. Já devo estar para dar a luz. Precisaria ir para um hospital, eu...- Nick levantou fazendo movimentos bruscos e Joy se encolhe com medo, colocando as mãos próximo ao rosto.
__ Já te falei! Eu já te falei, quando eu disser não é não! Não fica insistindo! Não queira me deixar ainda mais nervoso.
__ Eu apenas tenho medo de dar a luz aqui, e qualquer complicação, ....eu...
__ Você quis isso, não foi? Ai esta o resultado. Lide com ele. Quem esta pagando sem culpa nenhuma sou eu. - disse sentando novamente. Joy resolveu não brigar, mas ela não queria estar naquele lugar. Era forçada a fazer sexo com ele, ficou grávida dele, porque ele esquecia de trazer a camisinha. E agora a culpa era dela? Apenas sentou-se novamente, e se serviu um café. Nick a olhou com desprezo.
__ Seria bom se nascesse morto. - falou com ódio. Joy o olhou com raiva. __ O que? Quer dar a luz para uma criança nestas condições? Você é louca!
__ Não. Mas não quero que meu bebê morra. - disse triste, e com medo.
__ Mas confessa que já não pensou que seria a melhor coisa para ambos.
__ Não. Não quero que nasça morto. É meu bebê! - agora estava com raiva.


__ Calminha ai. Só falei porque achei que não era o único com o minimo de sanidade por aqui. Mas já vi que você já perdeu o juízo.
__ Eu não queria nada disso. Não queria estar aqui. Você sabe disso, ou já esqueceu que me sequestrou?
__ Ás vezes me esqueço mesmo. Mas já tínhamos falado sobre isso. Você já se conformou, não?
__ Conformei...? Quem se conforma com isso?!
__ Vamos começar de novo?
__ Eu só quero deixar bem claro, que só finjo que esta tudo bem, para você não me bater porque estou grávida, e porque tenho medo de você.
__ Medo é um sentimento bom, deixa a gente excitado.
__ O medo que sinto de você esta longe disso.
__ Chega! Chega desta merda! Já estou aguentando demais, com essas semanas sem poder transar!
__ Por que faz isso?! Porque fingi que não esta fazendo nada de errado.
__ Errado, sim! Mas neste mundo todos estamos errados, todos somos egoístas. Lembra quando chegou aqui, e ia entregar sua colega para se salvar? Isso não te torna uma má pessoa? O mundo é isso, se não olhamos para nossas necessidades ninguém mais olhará. É o que estou fazendo aqui.
__ Eu não sou uma coisa, eu sou uma pessoa. E eu estou morrendo aqui.
__ Eu tenho trago comida, água, tenho pago a luz deste lugar, tenho vindo aqui te fazer companhia. Você tem TV, livro, não faz nada o dia inteiro. Aqui é uma colônia de férias. - Joy riu sem acreditar no que ouvia.
__ Desde quando essa merda deste quartinho sujo, nojento se tornou uma quarto de hotel? Estou aqui contra a minha vontade, fazendo coisas contra a minha vontade. Chega a ser repulsivo ouvir isso de você.
__ Vai ultrapassar essa linha assim mesmo?! - Nick perguntou olhando para barriga dela. Joy segurou o choro, apesar de que com dificuldade.
__ Não...- tentou falar mas não conseguiu tamanho era seu medo e sua angustia. __ Me desculpa! Me desculpa! - disse pegando na mão de Nick, que pegou sua mão, e colocou no seu sexo. Moveu a mão dela, e fez uma expressão de extremo prazer.
__ Nossa, como isso é bom! Oh, como fico excitado! - Joy sentia nojo daquilo tudo! __ E ai, coloca sua boca para trabalhar! - falou com Joy a colocando de joelhos, no meio das pernas dele. Joy abriu o ziper da calça dele, e começou a fazer sexo oral nele, mas com muito nojo. Quando terminou estava excessivamente nervosa, mas tinha que esconder. Nick a beijou na boca, provocando mais nojo ainda nela. Quando Nick ia saindo, Joy perguntou:
__ Você vem amanhã?
__ Porque pergunta einh, safadinha? Quer já fazer outra amanhã?
__ Estou precisando de leite, e ovos.
__ Não sei. Vou pensar no seu caso. - falou. __ Agora vire-se e não olhe. Não olhe. - Joy virou-se de costas e não olhou para Nick, quando ele saiu. Começou a vomitar na pia, e lavou a boca muitas vezes.

A noite Joy sentia muita dor na barriga, e muita cólica. Girava na cama, sem conseguir dormir. Ficou com medo de estar perdendo seu bebê. Mas passou pela sua cabeça que poderia estar tendo contrações. Respirou fundo, e tentou se controlar. Mas aquele lugar era desolador. Sozinha, chorava, enquanto controlava para não gritar de dor, mas ás vezes era impossível. As horas foram passando e as contrações foram se tornando cada vez mais fortes. Em um momento sentiu que era necessário ficar numa posição que facilitaria a saída do seu bebê. Colocou o colchão no chão, e ficou agachada fazendo força. Gritava de dor, e fazia força. Estava muito molhada de tanto que suava. O ar faltava as vezes por causa da dor. E ela prosseguia a fazer força. Foi fazendo muita força e sentindo que seu bebê saindo, começou a chorar, e continuou a fazer força, até que ele nascesse. Quando viu seu filho em seus braços, o abraçou chorando desesperadamente, e demorou a se acalmar. Era um amor tão grande, que não conseguia conceber naquele momento. Era como se tivesse nascido de novo também. Durante alguns minutos depois que parou de chorar, não conseguia tirar os olhos do seu bebê, enquanto acariciava seu rostinho, e controlava sua emoção. Ainda assim as lágrimas escorriam fartas pelo seu rosto. Jack mamava em seu seio.
__ Jack, você vai se chamar Jack. - disse isso sorrindo de alegria.

Joy embrulhou Jack no lençol da cama, e deitou-se no colchão dando á ele de mama, adormeceu chorando e o observando mamar. Acordou apenas com o bip da porta se abrindo, era Nick. Ele viu o sangue no chão, e viu Joy deitada na cama:

__ E ai, o bebê esta bem?
__ Esta. Por favor, não chegue perto dele! - Joy se levantou da cama, e foi conversar com Nick na mesa.
__ Claro que não! Com a raiva que estou posso até perder o controle e matá-lo.
__ Não chega perto dele! - Joy falou com medo.
__ Não vou chegar! Não tenho o minimo interesse neste bebê. Quando você pode voltar a dormir comigo?
___ Não sei. Acho que 1 mês. - falou querendo ganhar tempo.
__ 1 semana, é o que vou dar para você.
__ Mas...pode ser que eu precise. ... - tentava dialogar.
__ 1 semana, se sentir dor, problema seu! Dor e prazer se combinam! - falou sorrindo. Joy parou de discutir porque era em vão.
__ Podia trazer umas vitaminas para mim.
__ Para que?
__ Perdi muito sangue, e vou amamentar.
__ Vou ver quanto custa. Se forem muito caras, não trarei. - falou com raiva. __ Ainda mais porque não esta sendo uma boa menina comigo.
__ Eu estou tentando. Mas fiquei grávida e...
__ E o que? Você não veio aqui, ficar grávida e ser mãe. Veio aqui para me servir sexualmente.
__ Eu não queria ficar grávida. E ... Quantos anos você tem, Nick?
__ Porque quer saber?
__ Só curiosidade. -  fingia.
__ 45. - falou meio nervoso.
__ Eu tenho 19. Você já teve 19, lembra como era?
__ Acho que sim.
__ A gente é insolente, queremos tudo no mundo, e eu quero isso.
__ Esta falando de novo para te soltar, Joy. Estou ficando meio sem opção,se não te castigar.
__ Não....não estou falando disso! Estou falando apenas para entenderm entender um pouco do que se passa na minha cabeça; Já estou há quase 2 anos qui. Estou presa, e fiquei grávida, e....estou muito abalada emocionalmente com tudo isso. Dá para entender?
__ Ok. Certo! Mas esteja boa daqui há 1 semana, para podermos transar. - Jack era um psicopata. Joy não conseguia entender isso, apesar de saber que ele era muito ruim.


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Room (2015) Brie Larson - FanFiction ( " Mãe, eu tenho vergonha de mim. Tenho nojo de mim!" ) / Português

11:13 |

Já era de noite, e o céu estava escuro. Joy estava na poltrona nervosa, olhando para a varanda, pela janela, se balançava nervosa e leva um susto quando a mãe se aproxima:

__ Desculpa, eu não queria...- Joy não diz nada e sorri triste para mãe.
__ Quer dividir seus pensamentos? - a mãe a acaricia no rosto.
__ Não, mãe! Eu estou bem. - sorriu falso.
__ Não esta, amor! Você precisa desabafar, dizer o que esta acontecendo.
__ Mãe, já conversamos sobre isso... - tentou levantar , mas a mãe pegou sua mão e a fez sentar novamente.
__ Joy, meu amor. A mamãe sempre foi sua amiga, sempre te apoiei. Não vou te julgar, não vou...
__ Chega! Para! - gritou e a mãe a repreendeu com os olhos. __ Eu não posso te contar, tá? Será que não entende!? - Disse ainda exaltada.
__ Você pode e deve! Precisa conversar com alguém. - ainda tentava dialogar com a filha.

__ Mãe, vou te pedir mais uma vez. Por favor...por favor, me deixe em paz! - tinha lágrimas nos olhos.
__ Te deixar em paz? Eu estou vendo você se matando todos os dias. Faz 2 meses que esta aqui em casa, e só fica trancado naquele quarto escuro, dormindo sob efeito de medicamento. Precisa fazer alguma coisa. Eu preciso fazer alguma coisa para te ajudar.
__ Eu estou te incomodando, mãe? Se a questão for essa...- falou magoada.
__ Claro que a questão não é essa?
__ É dinheiro? Se for peço para meu pai. - A mãe estranhava a reação dela.
__ Não é dinheiro, Joy, e não vou brigar com você. Só peço que reaja, não passe o dia inteiro no quarto.
__ Talvez se toda vez que eu me levantasse eu não tivesse que ouvir esse discurso psicológico eu até levantava mais. Morro de medo de te encontrar pela casa.
__ Eu?
__ Sim. Detesto essa conversinha mãe e filha!- falou com raiva.
__ Não dá para conversar com você assim. Esta com raiva de mim? - perguntou chateada.
__ Estou. Estou com raiva desta sua carinha de pena toda vez que me vê. - apontou para a mãe, e agora chorava.
__ Não tem...
__ Tem sim. Essa cara de "coitadinha da minha filha", foi violentada 2.000 vezes por aquele maníaco, deve imaginar o meu inferno....Mas mãe... - olhou com a expressão meio alucinada. ___Mãe, qualquer coisa que você imaginar, pode ter certeza que não chegará nem perto do inferno que realmente vivi. E saiba, tudo que puder imaginar, aconteceu.
__ Filha...- tentou abraçar a filha que desvencilhou aos prantos, e virou de costas para a mãe, que agora chorando ficou se reação. __Filha, você não tem culpa de nada. De nada! Fez tudo para salvar sua vida e esta aqui. Não se culpe por nada.
__ Mãe, eu fiz muita coisa que não devia ter feito, fiz apenas por medo. Por medo.
__ Claro. - incentivava a filha a se abrir.
__ Sabe, eu fiz coisas para ele....- chorava e quase não conseguia falar. __...coisas para ele, que me envergonho muito.
__ Se envergonhar? Não precisa se envergonhar de nada.
__ Eu me envergonho sim. Deus nunca vai me perdoar! Nunca!
__ Claro que vai! - pegou a mão da filha. __ Você foi colocada nesta situação. Não tem culpa de nada, e não tem nada o que se envergonhar.
__ Mãe, eu tenho vergonha de mim. Tenho nojo de mim! - falava com expressão de ódio e nojo. __ Tenho nojo de mim! - a mãe abraçou a filha com força, agora ela tinha mais ódio ainda do sequestrador da filha. Se pudesse o mataria com as próprias mãos.

Á noite, Joy desceu as escadas e ouviu a voz do pai conversando com a mãe, teve mede de encará-lo e ficou pensativa se conseguiria encará-lo mais uma vez. Desde que brigara com ele no jantar, ele não tinha aparecido mais. Escondeu-se sentada na escada, e lembrou que fazia muito isso quando era criança. Ficou escutando a mãe conversando com o pai:

__ Sei que para você é dificil digerir tudo isso. Mas ela é nossa filha e ele é nosso neto. Não é filho daquele criminoso, é nosso neto.
__ Eu não consigo, quando o vejo, vejo aquele maníaco. Ele não é um filhinho que ela teve nos modos convencionais. É fruto de um estrupo.
__ Fale mais baixo, por favor! Você esta louco? Achamos que tínhamos perdido nossa filha, e agora que ela voltou. - Se emocionava ao falar da filha. __ Eu voltei a ser feliz. Voltei a querer viver. Devia estar sentindo como eu. Tantas vezes eu achei que ela tinha morrido. - Joy chorava baixinho na escada.
__ Sei que devo estar parecendo horrível para você. Mas é difícil olhar para ela também. Primeiro que é quase inacreditável que esteja viva e bem. Depois... - pensou antes de falar.
__Depois....depois o que?
__ Depois não consigo imaginar ele a violentando todos os dias, e ela subjugando aos caprichos dele.
Não tinha como ela fugir? Gritar por socorro? Você viu o helicóptero sobrevoando o local? Esta cheio de vizinhos.
__O quarto era a prova de som, Robert. Ele tinha um código da porta.
__Ela podia ter lutando contra ele.
__Ele era um homem forte, ela apenas uma menina, Robert. Por favor não a julgue. Ela conseguiu sobreviver. - Joy saiu de trás das paredes aos prantos.

__Eu tentei fugir, pai! - Tentava controlar o choro, que a impedia de falar de tanto nervoso. __Eu bati nele, eu tentei muito fugir. Gritei muito para me escutarem. Nos primeiros dias só consegui ser espancada violentamente, e violentada das piores formas possíveis. Se é só isso que o Senhor consegue ver, ao menos veja a verdade. Tinha dias que todo o corpo doía das surras que eu levava. Não era como no cinema. Eram socos, chutes na barriga, e dói tanto que ás vezes chegava a perder o sentido. Depois com a cara estourada, inchada de tanto murros....- o pai tentou levantar, mas sua mãe o segurou o obrigando a escutar a filha, agora ela chorava muito também. _...ele me batia tanto, que eu fazia tudo que ele queria mesmo pai. Tudo! E depois agradecia e me desculpava. Sim, ele me subjugava, pedia para agradecer todas as vezes. Se serei feliz algum dia. Talvez nunca, pai! Mas o que você esta fazendo agora, esta acabando comigo! - saiu chorando, e subindo as escadas. Nancy olhou com raiva para ele desaprovando a atitude dele para com a filha.



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Room (2015) Brie Larson - FanFiction ( "Você esta grávida?" ) / Português

19:59 |


Nick entra no quarto e pode ver Joy vomitando na pia, ela o olha assutada, e ele a olha desconfiado:

__ Passando mal de novo, einh? - deixa as sacolas sobre a mesa, e vai para perto dela, começa a observar seu rosto, e ela senti um frio na espinha, seus olhos denunciam seu medo. Ele começa a tocar seus dedos no rosto dela, e Joy tenta se afastar, mas ele mantém seu rosto muito próximo ao dela. __ Porque esta com esse rosto redondo?
__ Que rosto redondo? - Joy desvencilha dele, e tenta se afastar, mas ele novamente se aproxima dela.
__ Este rosto redondo...já venho notando isso, mas hoje te olhando mais de perto, vi que esta mesmo.
__ O que esta querendo, Nick? Estou me comportando e quer inventar alguma coisa para me bater?
__ Nem comece, Joy! Não ultrapasse essa linha, eu exijo respeito!
__ Me desculpa! - Joy realmente se arrependera. Nick exigia seu respeito de maneira muito brutal, e Joy tinha muito medo. __ Me desculpa, só estou ficando nervosa com suas perguntas.
__ Você acha que pode....que pode estar grávida?
__ Não! - Joy estranhou a pergunta, isso não tinha passado pela sua cabeça, mas agora teve quase certeza. __ Não, de forma alguma!
__ Como sabe? Já ficou grávida antes? - falou com raiva, ainda mais desconfiado.
__ Não! Mas se eu estivesse grávida, deveria saber, não? - disse isso sentando nervosa.
__ Não sei...sei que minha ex-mulher, ela sabia. Mas você...- Joy agora o olhava incrédula. Nunca havia passado pela sua cabeça que aquele monstro poderia ter sido casado e o pior de tudo, ser pai.
__ Você tem filhos?
__ Sim, dois. - sorriu lembrando de seus filhos. - Dois meninos. Joy sorriu de volta, mas era quase impossível esconder sua expressão de espanto. __ Podemos voltar ao que estávamos falando?
__ Eu não estou grávida, Nick!
__ Vou comprar um exame de farmácia, ai veremos.
__ Não precisa! - Nick avançou sobre Joy e tapou sua boca, e falou com ódio!
__ Ouça bem, mas escute com muita atenção. - Deu um soco na barriga dela, e Joy gritou e começou a chorar, seu grito de dor e seu choro sairam abafados, pois Nick tampava sua boca com muita força.  __ Esta prestando atenção!? - Joy com dificuldade respondeu que sim, consentindo com a cabeça. __ Bom, se você estiver grávida eu vou chutar tanto a sua barriga que vai abortar essa criança. Não quero uma criança de uma puta! Você é uma puta! - As lágrimas escorriam fartas pelo rosto de Joy.
E vamos fazer um teste de farmácia. Mas...mas....se você preferir. Podemos apenas tomar um remédio e finalizamos essa gravidez, e pronto. O que acha? - Abriu a boca de Joy que agora fazia um gemido sonoro de dor.
__Eu não estou grávida! - tinha dificuldade de falar de tanto que chorava angustiada. __ Eu não estou grávida...mas se tiver...eu tomo o remédio. Lógico que tomo o remédio. - Nick a soltou, mas a olhava ainda com raiva.


__ Porque esta com tanta raiva? O que eu fiz? - falou chorando.
__ Não sei! Não sei ainda. Vamos fazer o teste.
__ Acha que eu ia querer ficar grávida de você? - agora tinha raiva, e precisava fazer um desabafo. Estava engolindo humilhações, a violência sexual e física imposta por ele, e tinha que aguentar tudo calada, agradecendo.  __ Acha que eu ia querer ficar grávida levando essa vida de merda que estou levando?
__ Cuidado, Joy! Cuidado! - tentava se controlar.
__ Eu imploro! Eu imploro, Nick! Se eu tiver grávida, me dê um remédio bem forte, para matar o monstrinho que estou carregando, porque algo vindo de você, só pode ser um monstro! - gritou com muita raiva, e tentou sair de perto dele, mas foi agarrada com brutalidade. Nick, e jogou contra a parede e com os punhos fechados, dava socos no seu rosto, a mantinha em pé, e distribuía socos na sua barriga e em várias partes de seu corpo. Joy caiu desmaiada e gemendo, nem viu Nick saindo, acordou sentindo dores fortíssimas na barriga e no rosto. Viu que estava sem luz no local, e ficou com medo, o quarto estava começando a ficar gelado, e tinha medo desta vez, Nick só voltar quando ela estivesse morta.

Os dias iam passando e Joy ia se recuperando da última surra. Tinha comida na geladeira, apesar de não ter mais fogo, estava espirrando e com dores no corpo porque estava com uma gripe fortíssima e com a resistência muito fraca. Os mal estar que vinha sentindo, vinha toda hora, e ás vezes muito forte. Ficar sozinha naquele lugar, já era uma tortura por si só, mas da forma que estava agora, estava quase intolerável. Na geladeira não tinha mais água já há dois dias, e Joy sentia que ia enlouquecer.

Uma vez deitou na cama conversando com si mesma. Em seu delírio, contava para a mãe o que estava se passando, e chorava muito ao contar as coisas que estava acontecendo. Ela fazia a voz de sua mãe, e sua voz, durante o diálogo, adormeceu cantando uma música para si mesma.

Já se passaram 10 dias que Nick não vinha, e Joy já estava há 6 sem comer, e há 3 sem água. Estava desidratada e com a boca seca. Ela treinava as vezes as desculpas que ia dar para Nick, para não ter erro e parecer o mais verdadeiro possível. Depois começava a ter um ataque de riso, e vinha sempre seguido de uma crise de choro.

Nick apareceu no décimo dia, e Joy muito fraca, veio recebê-lo:

__ Eu estava sentindo sua falta, de verdade! - Nick sorriu.
__ Esta sendo sincera? - perguntou sem acreditar.
__ Estou...eu estou me sentindo muito sozinha. - chorava agora muito triste.
__ Nossa, seu rosto, ainda esta muito machucado da última vez. - encostou a mão sobre os hematomas que agora estava mais roxos e inchados.
__ Não se preocupe, eu mereci. - disse isso sentindo uma dor forte no peito de angustia e tristeza.
__ Mereceu mesmo, mas eu podia ter pegado um pouco mais leve.
__ Trouxe água?
__ Sim, claro!
__ Posso beber um copo, por favor! - deu ênfase ao por favor. Nick gostava deste jeito de Joy, muitas vezes conseguia reparar até que ela estava sendo falsa, mas gostava muito de subjugá-la de humilha-la,  Ele pegou uma garrafa de água e colocou na frente dela,
__ Só um copo, einh? - Joy olhou para a garrafa, e parecia que tinha renascido de novo. Engraçado que agora ela dava tanto valor as pequenas coisas. Bebeu seu copo de água devagar apesar da sede imensa que sentia. E assim que terminou falou;
__ Muito obrigada! Obrigada mesmo! E eu queria...eu queria...- tentava decifrar nas expressões de Nick se estava tendo a atitude certa. __ Eu queria lhe pedir desculpas, do fundo do coração, pelo jeito que falei com você. Fui muito insolente e desrespeitosa, e você é tão bom para mim!
__ Eu aceito...mas....quero que me recompense.
__ Claro! Claro! - tentava manter sua atuação. E estava conseguindo ser bem convincente.

Joy estava deitada na cama ao lado de Nick, pensava em um monte de coisas, mas o que tirava seu sono era a possibilidade de estar grávida. E se tivesse grávida? Algo lhe dizia que a coisa mais certa seria tomar o remédio e abortar, mas uma força descomunal, um sentimento que nunca experimentara antes, algo que incendiava seu corpo, irradiava por cada centímetro seu, dizia que ela deveria fazer o oposto e proteger essa criança com a sua própria vida se necessário. Essa confusão de sentimentos tiravam seu sono.

Nick acordou de manhã extremamente feliz, Joy estava extremamente envergonhada pela noite passada:

__ Nossa, gostei de você ontem. Foi incrível! - falou a constrangendo. __ Vamos repetir tudo que fizemos da próxima vez. Você, einh, menina levada! - sorria.
__ Posso servir seu café? - Joy disse tentando interromper o assunto, sorria para ele, mas estava completamente destroçada por dentro.
__ Pode! Que moça prendada, minha menina! - levantou as mãos colocando-as atrás da cabeça.
__ Quer leite? - perguntou ainda o servindo.
__ Quero, claro! - Adorava aquela situação. Joy sentou ao lado dele, e Nick já foi falando.
__ Terminando aqui, vamos fazer o exame, certo? - pegou um pedaço de ovo mexido e colocou na boca, e começou a mastigar. Joy mexia a comida e olhava apenas para o prato.

Quando Nick acabou de comer, Joy entrou no banheiro, e urinou no potinho, esperou Nick se virar, e jogou o xixi fora e encheu o pote de água. Ele nem repara. Colocou a tira dentro, e ficou rezando para Deus, para ele não desconfiar, e o teste deu negativo. Nick a olhou com raiva, Joy quase se entregou com seu medo, ele sorriu, e falou aliviado:

__ ufa! Graças a Deus! - Joy pensou com raiva, como este monstro poderia falar o nome de Deus.
__ É...- sorriu nervosa.
__ Bom, vamos deitar mais um pouco? - falou excitado, e Joy, o acompanhou.
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Room (2015) Brie Larson - FanFiction ( "Estou morrendo de fome e frio." ) Português

05:42 |


Depois do décimo quinto dia de cativeiro Joy estava morrendo de frio e de fome. Estava muito machucada, com um dos olhos inchados, e sangue seco e novo escorrido pelo nariz, pela boca. O frio era muito, e não tinha agasalho, nem cobertas. Se encolheu debaixo da cama, mas continuava com muito frio.

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Short Term 12 (Temporário 12) 2013 - Brie Larson

21:04 |


Bem, depois que a Brie Larson foi indicada ao Oscar e ganhou o Globo de ouro por Room, tive a chance de vê-la em Room e fiquei encantada com a sua performance, e poucas vezes concordo tanto com a Academia, e ficarei muito feliz se ela levar a estatueta esse ano. Mas depois que ela foi indicada eu peguei alguns de seus outros trabalhos para conferir sua atuação, e pude confirmar que desde 2013 ela tem feito uma brilhante carreira, apesar de ter começado muito nova, só desde que completou seus 24 anos, começou a escolher bons papéis e amadureceu muito como atriz.

 Um dos seus filmes que mais gostei desta leva de filmes que venho assistindo foi Short Term 12 (Temporário 12, título em português). Nele Brie faz uma brilhante atuação como uma jovem moça que trabalha numa casa que interna crianças e adolescente com problemas em casa que devem ser resolvidos antes de voltarem para suas casas, ou resolverem sua situação. Grace sua personagem, tem o dom, o dom de cuidar das crianças de forma carinhosa e preocupada com todas elas, parece que é uma irmã mais velha, tentando entender seus problemas, e resolver um pouco pelo menos de cada um deles.

 Mas a vida de Grace começa a desmoronar um pouco quando Jayden, chega ao Lar Temporário e isso faz Grace lembrar de uma vida que queria esquecer, tentando ajudar Jayden ela acaba prejudicando a si mesma, e isso pode trazer graves consequências para ela mesma.

 Filme muito bem escrito, dirigido e com uma atuação forte de Brie Larson. Cheio de dramas para quem gosta do gênero. Existe muito suspense á respeito do que aconteceu com Grace para deixá-la tão atordoada com seu passado. Muito interessante! Vale a pena assistir!

 Abaixo o trailer do filme.



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Incrivel filme! Room (2015) O Quarto de Jack (O "porque" Brie Larson merece o Oscar esse ano!)

15:30 |
Bom outro dia assistindo a TV, tive ciência da existência do filme Room (O Quarto de Jack, título em português), e quis assistir ao filme, pois a atriz principal Brie Larson tinha ganhado o Globo de Ouro, e agora foi indicada ao Oscar.

Bem o filme começa da forma que gosto, um suspense encima de algo que já temos conhecimento, ela esta sequestrada dentro de um quartinho, e criando uma criança que nem precisava explicar, ela teve neste local, enquanto estava sequestrada.

Já nos primeiros minutos, temos noção do porque Brie Larson ganhou o Globo de Ouro e porque foi indicado ao Oscar (Tomara que ganhe), pois em seus olhos, em sua expressão podemo ver seu medo, sua dor, sua tristeza, de estar sendo sub-julgada  e estar sendo obrigada a viver essa vida, já mais de 7 anos.

Brie Larson é uma atriz que iniciou a carreira ainda criança, e só agora esta sendo notada e merecidamente premiada pelo seu trabalho. Talvez esse seja seu melhor papel, e seu melhor filme na carreira, mas quem já vi O Segredo de Tanner Hall, com uma Brie Larson novinha, já pode reparar em seu potencial como atriz.

Bem, voltando ao filme ele transmite no principio uma angustia de uma situação que ninguém gostaria de viver. Ser sequestrada e encarcerada em um cubículo, e ser constantemente violentada por seu agressor. Nem precisamos imaginar a dor que Ma  passou nos seus primeiros anos de sequestro e ainda vivenciava.


Lendo sobre os bastidores do filme fiquei sabendo que a Brie Larson se encarcerou num quarto durante 1 mês antes de começar as filmagens, comeu pouco e não se lavou durante as gravações no quartinho.

Bem, não quero contar mais do filme, mas para quem vai assistir saiba que é emocionante, uma história de drama, muito bem contada. E todos vão chegar a mesma conclusão Brie Larson mereceu o Globo de Ouro e merece o Oscar esse ano.


APROVEITEM E OBRIGADA!


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