Strain - Fanfiction Norah e Dutch são pegas por Heinchorst

05:09 |
Fet beijou Dutch enquanto ela dormia. Ela se virou para ele sorrindo:

_ Ontem foi tudo tão bom. - apoiou seu braço sobre o peito nu do amado.

_ Eu não sei, menina? - ele ri.

Ela deu um leve tapa no rosto dele:
_ Seu convencido de merda!

Ele deu sua habitual risada contagiante, mas parou em seguida segurando Dutch pelo rosto:
_ Eu te... - ele tentou falar, mas ela colocou alguns dedos sobre seus lábios e o beijou impedindo-o. Em seguida se levantou, abriu uma gaveta ao seu lado e pegou um maço de cigarro.

__ O que foi isso? - Fet ficou confuso por ela tê-lo interrompido.

__ Ah, isso... - mostrou o maço em suas mãos.  _ É cigarro. Nunca viu? -  riu sendo engraçadinha, puxou um e se pôs sentada, abrindo as gavetas em busca de um isqueiro.

__ Eu estava prestes a lhe dizer uma coisa. Você não reparou? - ele se sentou.

Dutch vestiu sua calça jeans e seu sutiã e ergueu-se indo até a cômoda e para seu alívio encontrou um isqueiro.

__ O que ia dizer? - Fingiu desentendida, e pior desinteressada.

__ Você sabe muito bem. - Ele olha as horas rapidamente.

__ Ah, sim... - ela ascende o cigarro e depois de um longo e demorado trago retorna no assunto. __ “Você”.... - fez um gesto teatral. _... estava prestes a dizer algo que iria exigir uma resposta. Resumindo, você estava prestes a estragar tudo, e eu… - apontou para si mesma como se fosse uma heroína. _ ... lhe impedi de cometer esse erro. - deu um risinho sonso.

Agora se jogou na cama de barriga para baixo, e se deitou nas pernas nuas dele. Ele a acariciou nos cabelos.

__ Queria conseguir te entender, menina.  É muito confusa.  - ele a observava curioso.

__ Eu não sou confusa. - virou de barriga pra cima e Fet prosseguiu acariciando seus cabelos. ___ Aí é que está! - Tragou mais uma vez. __ Vocês homens estão tão acostumados com mulheres confusas, que quando aparece uma mulher tão simples como eu, não têm a mínima porra de ideia de como lidar com ela.  - Riu com o cigarro na boca e ensaiou um origami com um pequeno pedaço de papel que encontrara em seu bolso segundos antes.

__Eu já desisti. - Ele segura o rosto dela em suas grandes mãos e a beija.

Ele se levanta e começa a se vestir.

__ Adoro quando me beija.

Fet ri:
__Eu te amo, você sabe disso? -  ele diz rapidamente e depois de vê-la tragando seu cigarro rapidamente num gesto de nervosismo, ele ri.

Dutch se levanta e dá um gole numa garrafa. Em seguida cospe:
__ Que merda é isso?

Fet ri dela novamente.

__ Do que está rindo seu babaca?

__ Isso é água. E você cuspiu.- ele veste uma blusa. __ Esse é o primeiro sinal de que é uma alcoólatra.

Ela veste suas botas rapidamente e desce as escadas.


Norah e Eph estão tomando café.  Norah fala animada:
_ Dutch, fizemos ovos para vocês.  Estão com fome?

Dutch sorri para ela, desinteressada vai até a geladeira:
_ Você tomou todas as Heins da geladeira?  - olha para Eph com raiva.

_ Tinha apenas duas.

_ Não eram apenas... duas, Eph.

Ela se senta, cansada. Ascende um segundo cigarro e Fet puxa o cigarro da boca dela, ela o olha com raiva, mas se volta para Eph continuando:

_ Dutch, come alguma coisa. - Norah entrega uma bandeja para ela.
Fet pega o prato das mãos de Norah e agradece com um gesto com a cabeça.

_ Você não sabe contar. 1 + 1 = 2

_ Dutch, pára! - Fet faz uma expressão de cansaço. _ Compramos mais para você..

Fet olha para Eph que já está com raiva.

__ O que houve? - Então olha para Norah, mas ela não sabe explicar, apenas dá de ombros.

__ Quantas pessoas bebem nessa casa, Fet? - Dutch questiona Fet.

__ Você e ele. - Aponta para Eph.

__ Quantas pessoas dá isso, Norah?

__ Duas.

_ Exatamente! Duas! - mostra dois dedos. __ E tinha duas Heiins na geladeira. Exatamente uma para ele e uma para mim. Mas ele tinha que pegar as duas.

_ Ah, por favor, Dutch, vamos sair e pegamos mais para você.

Fet serve um café para ela que bebe bem a contra gosto.

Fet morde um pedaço de pão e sorri para Norah que retribui o sorriso. Sem paciência, Eph atira seu pão com raiva sobre a mesa:
_ Só me falta. No café da manhã, precisar tolerar isso. Ainda mais de quem...- aponta para Dutch.

_ Quem? - Indaga indignada. Em seguida o desafia. _Me fala, Eph, Quem? - Ela aguarda com raiva.

_ Você foi embora para ficar com aquela mulher. Porque voltou?

_ Quer saber... não é da sua maldita conta! - Dutch fala com raiva.

_ Ela está te fazendo de palhaço,  te usando. Só você não enxerga isso, cara.

Norah olha para ele com raiva:
_ Está pagando de babaca. Fet sabe se cuidar. - veste seu casaco que estava pendurado em sua cadeira._ Vem, Dutch!

Dutch empurra a mesa sobre Eph fazendo cair café sobre ele, Norah se afasta a tempo. As duas saem pela porta.


Dutch caminha na frente de Norah, com raiva. Ela a segura pelo braço:

_ Espera! O que está fazendo?

_ Alimentando o meu ódio. Por pouco eu não quebrei todos os dentes daquele imbecil.

_ Não fique com tanta raiva, Dutch. Eph não é conhecido por sua gentileza.

_ E eu não sou conhecida por aturar pessoas que não são gentis.

_ Calma. - Norah pede segurando-a pelo braço.

Dutch respira fundo e aceita o conselho de Norah. Em seguida se preocupa com a amiga:

_ Caso não tenha reparado. O “probleminha” com bebida dele está voltando.

Norah desvia o olhar desolada, mas volta a olhar para Dutch:

_ Eu sei. Peguei ele completamente bêbado falando asneiras ontem a noite.

Dutch repara na expressão de Norah, e com raiva se vira esbravejando:  

_ Quer saber, foda-se, Eph! Foda-se, Fet! Fodam-se os homens, vamos viver nós duas felizes para sempre.

Dutch sorri, brincalhona e Norah ri dela.

_ Eph pediu que entremos nesse hospital para ver se conseguimos ratos criados em laboratórios. Cobaias.

_ Eph que vá!  - Fala decidida.

_ Dutch! - Norah fala sério.  _ Somos uma equipe ou não somos?

_ Somos?

_ Eles também se arriscaram por você lá.  

_ Eu sei. -Dutch mostra que não é mal agradecida. .  _ Ainda não tive a chance de agradecê-los.

_ Ninguém está esperando isso. - Norah tentava ser razoável.

_ Quer que eu agradeça agora? - Dutch novamente se arma..

Dois homens apareceram interrompendo-as:
_ Estão precisando de ajuda?

_ Estamos procurando este local. - Dutch puxa o mapa das mãos de Norah e mostra o pequeno pedaço de papel  feito a mão.

_ Hospital Saint Petersburgo? Logo ali. Se quiser posso levá-las.

_ Não, temos nossa van. Obrigada de qualquer forma. - Norah não gosta do sujeito.

_ Pelo que vi no mapa de vocês, essa região aqui.... - aponta com o dedo.  _ Está tomada por eles,  seria melhor pegar um atalho.

_ E por onde é esse atalho? - Dutch questionou.

_ Olha... vocês pegam essa rua, seguem reto até o posto de gasolina... na metade vocês verão outro posto de gasolina e virarão a esquerda e…

Dutch fica confusa:
_Você disse "Á esquerda do posto ou simplesmente à esquerda?"

_ Cara, eu levo vocês duas lá, é rapidinho. - Ele ri. _ Vocês irão se perder se eu não levá-las.

Norah faz que "sim" com a cabeça:
_ Está bem.  Obrigada.  

Dutch dá de ombros, e entra na van muito à contragosto, Norah a segue:



Na van, Dutch ri e bebe um copo de chocolate recém servido por um deles. Norah se recusa.

Um deles as questiona:
_ Vocês são de onde?

_ Utah.  - Norah responde secamente..

O homem ri e desvia seus olhos para Dutch:
_ E você, loira?

_ Londres. E meu nome é Dutch. - O analisa com calma.

_ Você é inglesa, “Dutch”? - Ele ri. _ Cara, nunca imaginaria!  

_ Não? Porque?  - Ela esfrega as mãos no chocolate quente.

_ Porque nunca conheci uma inglesa gostosa assim.

Dutch olha para Norah. E em seguida balança a cabeça num tom de reprovação, mas quando vê que Norah sorri, ela ri também.

_ Ah, desculpe, vocês estão juntas? - ele ri estranhando.

_ Não. - Norah responde rápido.

_Sim.  - Dutch responde ao mesmo tempo.

O homem ri. Balança a cabeça enquanto Norah fica sem entender a brincadeira de Dutch que se diverte:
_ Estamos nos conhecendo, eu e ela. - Dutch passa o braço no pescoço de Norah fingindo serem íntimas. Norah sorri retirando a mão de Dutch de seu ombro.

_ Bom pra vocês.  - Ele ri.

_Não estamos juntas. - Norah fala ficando confusa com Dutch. Em seguida há um silêncio quase constrangedor que é quebrado por ela:_ Falta muito para chegarmos?

_ Não!  Já estamos quase lá, não se preocupem.

_ Não estamos preocupadas. - Dutch faz uma expressão de durona.



A porta da van abre. Dutch se levanta, mas sente uma forte tonteira.

_ O que houve? - Norah tenta segurá-la.

_ Eu não sei. - Ela leva a mão na testa e se apoia no pescoço da amiga. _ Não estou me sentindo muito bem.

Ela escorrega pelos braços dela.




Norah tenta com dificuldade carregar Dutch .  Ela segue os rapazes pelo corredor. Um deles fala, preocupado: _ O bom é que aqui é um hospital. Temos meio de verificar o que está acontecendo com sua amiga.

_ Mas tem alguém para cuidar dela aqui? - Norah indaga impaciente. .

_ Tem sim, o MT,  ele deve estar na enfermaria agora.



Chegando na enfermeira MT já começa a questionar:

_ O que houve? - olha para Norah.

_ Ela estava ótima. - Norah raciocina. _ Foi depois de tomar o chocolate que serviram para ela.

_ Está sugerindo que fomos nós? - Um deles pergunta com raiva.

MT interrompe todos:
_ Deixemos esse assunto para depois. Coloquem-na sobre a maca!

Norah deixa um dos rapazes carregarem Dutch enquanto segura a mão dela. Dutch é colocada sobre uma maca sem lençóis e um colchão tão velho e mofado que está caindo aos pedaços. Ela abre os olhos, tremendo.  

O médico puxa um medicamento com a seringa. Norah retira a própria blusa para cobri-la, e de repente  grita, tenta dar um soco para trás empurrando o médico longe, mas logo cai de joelhos. Injetaram o remédio nela. Dutch vê tudo isso e com as pernas bambas pula da maca e corre. Se esconde no primeiro lugar mais fechado que encontra. Um deles chuta Norah nas pernas para fazê-la cair de vez. Ela cai no chão batendo a cabeça e sangrando quase que instantaneamente. Se coloca de joelhos meio que inconsciente, e toca sua testa tentando ver o estrago que o ferimento lhe causou.

_ Dutch? _ um deles a chama. _ Em outra ocasião eu adoraria te perseguir, mas hoje estou sem paciência.  Se não aparecer quando eu começar a contar, mato sua amiga aqui. _ Um…- segura Norah pelos cabelos.

Dutch chora nervosa.

_ Dois… - Norah tenta se livrar, mas seu cabelo é puxado com ainda mais força.

_ Eu estou aqui. - ela aparece levantando as mãos.

Ele vai até ela e a acerta com força na testa. Dutch desmaia.



Dutch está despertando. O sangue pinga de sua boca e nariz. Ela acorda e sente suas mãos sendo puxadas para cima. Ela fica erguida, sem conseguir apoiar seus pés no chão. Ela tenta olhar ao seu redor, para ver alguém e consegue ver todos se aproximando. Um deles a segura pelo cabelo e a beija no rosto, enquanto outro tenta puxar-lhe a calça,  mas Dutch o acerta com um chute no rosto. Um grandão se aproxima e revida, fazendo-a ficar semi inconsciente. Ele mesmo puxa a calça dela deixando-a apenas de calcinha. Ele a beija,  enfiando a língua em sua boca e coloca uma das mãos dentro de sua calcinha, tocando-a. Dutch tenta se livrar, mas ele retira um canivete e faz um corte profundo em sua barriga. Ela grita. E é quando alguns deles surgem puxando Norah sentada, amarrada numa cadeira, e amordaçada.

_ Agora estamos falando a mesma língua... Dutch?

_ Não a machuquem, seus desgraçados! - Dutch os ameça. _ Vocês são tão burros… vocês não tem ideia.

Ela leva outro soco, se recompõe e continua:
_ Ela é a única médica que pode encontrar uma cura para todo esse caos.

Eles começam a rir. Um deles fala, seriamente:
_ Não seja imbecil! - ele dá um leve tapa no rosto dela. Ela se desvencilha demonstrando bastante raiva. _ Sempre existirão pessoas que se beneficiam como caos..., sofrimento e principalmente com o medo. Neste novo mundo, essas pessoas somos nós!  Não temos interesse algum em “sua amiguinha Norah” descobrir a cura para as nossas soluções.

_ Só não a machuquem, por favor! - Ela implora.

_ Só vai depender de você.  

Ele se aproxima acariciando-a no rosto. Em seguida a soca na barriga. Dutch grita.




Um último homem acaba de sair de cima de Dutch e ela puxa sua calça jeans. Mesmo com as mãos amarradas nas costas, ela consegue se vestir. Sua camisa continua rasgada na frente. Ela se coloca sentada chorando, olhando para Norah que tambén chora.

MT se senta ao lado de Dutch, e a acaricia no rosto:
_ Sinta-se lisonjeada, pois... tivemos uma ideia... - ele pega o cigarro e puxa um pouco na ponta e arranca o filtro. _ Meus parceiros e eu... iríamos até a rua encontrar a garota ideal. E ela seria nossa diversão até cansarmos dela.

Ele se levanta, Dutch observa com medo. Faz força com as mãos tentando se soltar.
_ Mas adivinha? - Ele se coloca de pé para intimidá-la. _ Não nos cansamos de você. - Ele se vira para seus parceiros. _ Pete, você se cansou da Dutch Velders?

_ Dutch Velders. - Pete repete o nome dela e em seguida ri. _ Ainda não, cara.

Dutch olha para Norah como se a deixasse preparada para algum plano de fuga.

_ Como sabe meu nome todo?

_ Um homem nos pagou para encontrá-la. Ele disse que poderíamos fazer o que quiséssemos com você. Nem sei se fazia questão de que ficasse viva.

_ Que homem? - Ela pergunta aflita.

_ Um alemão.  Heinnorm, Lechhorm… Sei lá.

_ Heinchorst? - Ela pergunta quase chorando.

_ Isso mesmo. Você o conhece?  O que fez com o homem? - Ele se agacha perto dela tapando a luz no rosto dela. _ Não conseguiu fazer o dele subir?

Ele gargalha e seus parceiros gargalham junto.

Dutch ignora e volta a implorar:
_ Você precisa me deixar sair daqui. Ele vai matar todos nós.

_ Conta outra, loira.  Temos um acordo com ele. Ele vai nos pagar muito dinheiro.

_ Por favor, eu estou falando a verdade. Ele é um deles.

_ Já matamos milhares deles. Não temos medo.

_ Me solta! - Ela grita pedindo ajuda. _ Socorro! Alguém me ajuda! .

Ele se aproxima dela e a soca no rosto novamente.

Dutch cospe sangue e grita desesperada, com muito ódio:
_ Eu espero que ele te mate. Eu espero que ele acabe com você!

Um deles pega uma arma e atira em Dutch.  O sangue escorre de sua barriga rapidamente. Norah, amordaçada, grita em desespero.

_ O que você fez seu idiota? Você matou ela, Zoe? Agora aquele nazista…

_ Cala a boca! - Zoe balança a arma para todos os lados, aflito.

_ Eu vou embora daqui. - Um deles fala tremendo de medo. _ Esse imbecil assinou a sentença de morte dele!

_ Calem a boca, os dois. Tive uma ideia.  - Zoe bate o revólver na cabeça.




Heinchorst entra pela porta, os homens entregam Norah no lugar de Dutch. Ele puxa o saco preto na cabeça da refém e ao ver que é Norah, ele sorri, porém questiona o “líder” entre eles:
_ Onde está a moça que eu pedi.

_ Ela é selvagem… Eu juro que foi defesa própria. .

Heinchorst faz uma expressão de raiva,  em seguida gargalha:

_ Não poderia ter sido melhor.  Como ela morreu?

_ Levou um tiro. Sangrou até a morte. -  fala nervosamente.

_ Vou ficar com ela. - Segurou Norah pelos braços, e foi levando-a como se ela fosse uma criança. Norah pensou em reagir, mas não conseguiu, teve medo até de respirar perto dele..



No quarto branco, Norah se balançava desesperada. Não tinha esperança alguma de fugir, tinha uma corrente no pescoço, e uma mordaça de ferro enfiada em sua boca. Tentou retirá-la, mas estava tão apertada que obrigava sua boca a ficar aberta o tempo todo. Seu maxilar doía. Olhou para seu corpo que estava todo sujo de sangue. Temeu que estivesse muito machucada para estar sangrando daquela forma, mas logo reparou que o sangue não era seu. Ficou extremamente nervosa tentando limpar o líquido viscoso de seu corpo, mas era impossível. O cheiro a nauseava, porém não havia nada que pudesse fazer, pois quanto mais limpava, mais suja ficava.  
Einchorst entrou assustando-a, mostrando que dessa vez não seria nada piedoso. Aproximou-se de Norah e a ergueu puxando a corrente em seu pescoço.  Ela estava só de calcinha e sutiã. Ele a empurrou contra contra a parede e desferiu o primeiro soco no rosto da jovem com bastante força. O sangue espirrou pelas paredes brancas do quarto. Norah caiu gemendo tentando falar, mas a mordaça de ferro enfiada não a deixava falar.
Heinchorst segurou Norah novamente pela corrente e com um gesto quase impossível,  virou o braço dela, mantendo-a deitada no chão,  e pisou com toda a força que pôde. O crack seguiu de um grito agonizante, e Norah se desesperou, enquanto aos prantos tentava abafar a dor. Ela segurou o braço, chorando tanto que as lágrimas pareciam a cegar. Heinchorst começou a beijá-la causando um ímpeto de vômito quase impossível de controlar; e logo segurou sua língua e mordeu. Norah começou a engasgar com o próprio sangue. Ele largou Norah sobre o chão, que para evitar sufocar, começou a tossir, cuspindo muito do líquido espesso e vermelho que enchia sua boca. Ela se afastou com medo ficando sentada, se pressionando contra a parede. Os olhos estavam extremamente arregalados. Seu medo já a paralisava por completo. Continuava a cuspir sangue enquanto chorava em desespero. Heinchorst riu e se aproximou dela novamente. Acertou mais um soco nela causando um corte bem profundo na maçã do rosto. Norah caiu no chão semi inconsciente. Heinchorst, se enfiou entre as pernas dela e acariciou nas coxas demonstrando muita excitação.  Norah gritava machucando a boca com a mordaça. O sangue escorria. Revirando os olhos, Heinchorst,  puxou a calcinha dela, que agora se obrigara a despertar por completo, só que não conseguia mais lutar. Heinchorst tirou sua língua Strigoi para fora:
_ Eu te avisei que você seria minha melhor refeição.  
Norah gritou aterrorizada enquanto ele se aproximava.



Dutch acordou mais uma vez, estava meio inconsciente, demorou a perceber que um homem a violentava. Não soube como reagir,  apenas chorou ao ver o que estava acontecendo.  Lembrou do tiro que levara e pressionou o buraco em sua barriga.  O homem sobre ela a encarava sem reação,  parecendo um morto vivo. Ele mantinha os olhos fechados concentrando-se em chegar ao êxtase. Ela teve medo de se mover e sem querer incentivar alguma reação violenta dele.  Virou o rosto para tentar suportar a dor. Ele terminou, e quando ela tentou se vestir, um outro a empurrou com raiva no chão, impedindo-a.  E esse a manejou da forma que a queria, e com total descaso; em seguida também começou a violentá-la. Dutch se desesperou chorando e implorando mais uma vez:
_ Não por favor!
Norah acordou sobre o chão, desesperava chorava:
_ Eu fui contaminada? Eu fui contaminada? - Tentava falar com a mordaça na boca, enquanto chorava muito.
Com dificuldade ela se colocou de pé,  e viu que uma quantidade considerável de sangue escorria por dentro de suas pernas. Ele a havia violentado, e provavelmente a contaminado, e toda vez que pensava nisso queria morrer. Einchorst entrou no quarto novamente. Como se tentasse não ser notada, Norah se afastou lentamente.  
_ Aí... - Heinchorst suspirou. _ Nunca pensei que tivesse perdido esse desejo. Nem que isso, tirou a língua um pouco para fora. _ Substituiria tão bem o meu sexo.
Norah faz uma expressão de nojo tentando não transparecer. Heinchrost olhou para as pernas de Norah, nas cochas tinha bastante sangue escorrido, ele riu, e ela as fechou sentindo-se ainda mais humilhada. Ele prosseguiu com sua tortura mental:
_ Sinto pelo sangramento. Eu me empolguei... As próximas serão mais carinhosas..
Norah chorou feitou criança: desesperada, horrorizada com que acabara de lhe acontecer. Ele prosseguia rindo:
_ Oh... me desculpe se eu te fiz pensar que seria só uma noite. Serão muitas noites ao meu lado.
Ele sai gargalhando. Norah grita chorando em desespero.

Dutch acordou com os braços suspensos presos em uma corrente, porém ela estava sentada. Minutos depois sentiu seus braços serem puxados para cima e foi colocada quase de pé, porém por algum motivo não conseguia se apoiar em suas pernas. Aquilo fazia com que seus ombros quase destroncassem. A dor era intensa. Ela tentou se segurar para não desmaiar. Reparou que estava apenas com suas calças jeans e sutiã.  Haviam rasgado sua camisa e tirado seus sapatos. Tentou se manter de pé, mas novamente provou ser uma tarefa impossível.  Notou que escorregava em algo. Descontrolou - se quando viu que se tratava de seu sangue. Uma quantia considerável. Chorou. Tentou enxergar para ver onde estava ferida, mas não conseguia. Provavelmente o tiro que levara estava sangrando mais ainda. Ouviu o barulho da pesada porta de ferro se abrindo. Um homem com uma barra de metal nas mãos se aproximou,  enquanto batia a barra levemente na palma da mão criando um ritmo irritante.  
Dutch se movia, planejando uma forma de se defender, mas não conseguiu. A primeira pancada veio do lado lhe acertando o quadril direito. Pelo barulho e pela intensidade da dor, sentiu que algo havia sido quebrado.  Dutch gritou desesperada. A segunda pancada foi na costela e deixou uma grande marca roxa no local. Dutch começou a suar frio e o grito de dor saiu quase que por si só. Bem animado, o homem começou a acertá-la nos braços,  nas pernas, nas costas, tudo ao som do grito agonizante dela que se dissipava aos poucos, pois sua vista já estava turva e sentia que iria desmaiar. Nas últimas pancadas, Dutch já não tinha forças nem para gritar. O homem se aproximou dela e segurou-a pelos cabelos que também  estavam sujos de sangue e lhe beijou enfiando a língua bem fundo em sua boca. Dutch, sem pensar, deu - lhe uma cabeçada quebrando o nariz dele. O homem entrou em desespero e com ódio, devolveu a cabeçada.  Um outro homem entrou pela porta e Dutch sentiu - se  completamente à mercê daqueles monstros. O homem que acabara de entrar preparou uma injeção e com total descaso virou a cabeça dela para um lado e injetou um sedativo em sua jugular, como quem injeta algo num animal em um batedouro. Na verdade Dutch estava se sentindo exatamente assim: num batedouro. A sensação de fraqueza, não podendo apoiar nas pernas retornou.
Dutch observou o homem enquanto ele a rodeava na intenção de intimidá-la. Ela tremia quase que implorando com os olhos para que ele parasse, mas ele ria.
_ Onde está a moça que estava comigo? - Dutch perguntou preocupada com Nora.
_ Ela não está mais aqui. - Ele riu e Dutch não acreditou. Ele prosseguiu. _ Só ficamos com o que não vale nada para nos divertir e depois jogarmos fora. Mas se alguém quisesse lhe comprar, teríamos te vendido também. Viu como você vale nada?
_ Quem? Para quem a vendeu? - ela estava sem fôlego. Suportava uma dor que nem ela sabia como.
_ Um loiro esquisitão, já disse.  O nome era esquisito, você o conhece. - gargalhou.
_ Einchorst?
_ Isso!
_ Seu desgraçado!  - ela gritou.  _ Ele vai matá-la.  Ele é um Strigoi.
_ Que se dane! Acha que me importo? - Ele grita bem alto.



Nora acordou no quarto escuro. O cheiro de álcool e couro do local lhe dava náuseas mais uma vez. Ela se mexeu escutando as correntes e sentindo que estavam presas aos seus tornozelos e pulsos. Como o quarto parecia um breu, já não sabia se permanecia no quarto branco. E não conseguia verificar seus ferimentos, que agora mais do que nunca lhe causavam uma dor intensa. A luz piscou rapidamente e em seguida permaneceu acesa. A intensidade irritou seus olhos. Havia muito sangue no chão, e nas paredes preparadas para abafar qualquer som. A porta se abriu e Einchorst entrou no quarto. Nora começou a gritar. Einchorst riu, se divertindo:
_ Norah! Norah! Norah! - Ele caminhou perto dela.
Norah chorava não querendo nem encará-lo de tanto medo.
_Já tive mulheres nesse quarto, mas você é a primeira que se mostra tão fraca… tão covarde.
Nora tenta falar, mas não consegue, ele desamarra lentamente a mordaça dela:
_ Você me contaminou?
Ele riu:
_ Ah… como eu queria! Mas não foi tão fácil como imaginei. Me parece que essa… - fez um gesto que julgou engraçado. _ … brincadeirinha nossa não contamina vocês.
E é por isso que vou me divertir muito com você.  
Einchorst pega em sua cintura um chicote. Em sua primeira chibatada, o chicote acerta a perna de Norah abrindo uma ferida bem grande. Sentindo muita dor,  ela grita segurando a perna em desespero. Sem pena,  Einchorst a acerta novamente abrindo uma segunda ferida, só que agora no braço.  Norah pressiona tentando conter o sangramento. Seu choro não o comove. Heinchrost segue acertando-a,  enquanto faz movimentos com sua outra mão como se regesse uma orquestra.



A corrente de Dutch é afrouxada e ela cai no chão,  apenas com as mãos presas. Dois homens a carregam pelas axilas e a jogam sobre o colchão.  Dutch tenta se erguer, mas é empurrada facilmente de volta. Numa outra tentativa, um deles levanta o joelho e a acerta com força no rosto. Dutch cai para o lado meio inconsciente,  e os dois se juntam perto dela para manipulá-la.  Um deles, puxa a calça jeans deixando-a apenas de calcinha e sutiã e o outro pega pega a mão dela e coloca dentro de sua calça. Dutch tenta retirar e ele torce o pulso dela, causando-lhe uma dor intensa. Mas nem gritar mais ela consegue, apenas geme de dor. Um gemido tão fraco que mal consegue ser ouvida. Ele volta a coloca a mão dela dentro de sua calça tocando-lhe o membro. Dessa vez Dutch não retira, com medo de ser machucada novamente. Ela apenas vira o rosto, desistindo. O outro se coloca no meio das pernas dela e mesmo ela com calcinha ele enfia seu membro nela com força. Dutch chora desesperada. Olha para cima quase que implorando a Deus que a ajude, caso contrário irá morrer. Fet entra pela porta quase que no mesmo instante atirando para todos os lados. Dutch se veste com certa dificuldade, mas mesmo quase sendo uma tarefa impossível, consegue se colocar de pé. Fet tenta ajudá-la  a caminhar, mas ela o afasta quase que lhe dando um safanão.
_ Eu posso andar sozinha.
Fet a olhava com muita pena. Tinha visto o que haviam feito com ela. Seu rosto estava todo inchado, tinha machucados para todos os lados, seu braço estava quebrado, sangrava muito de todos os lados. E principalmente entre suas pernas escorria bastante sangue.
_ Esses filhos da puta! - Fet quase grita de raiva.
_ O que foi? - Dutch fica sem paciência.
_ Eu queria ter torturado cada um deles.
_ Fet pára! - Dutch implora. _ Não quero que sinta pena de mim. Isso não tem nada a ver com você!
_ Não estou sentindo pena de você, estou sentindo ódio deles! - Ele olhava com desprezo para os corpos jogados no chão.
_ Vamos embora daqui! - Ela pediu andando devagar devido a dor que sentia.
_ Quer ajuda? - Fet perguntou e antes de ver a reação de Dutch se arrependeu.
_ Não! Não! Não! - Ela grita em desespero.
Fet a olha com pena. Ela o ameaça com bastante raiva:
_ Não me olhe assim!
_ Não  estou… - ele diz com a voz calma.
_ Não me olha assim, seu desgraçado! - Dutch o soca na cara. Ele a deixa. Ela prossegue socando-o, e socando-o, e socando-o. _ Eu te odeio! Eu te odeio!
Fet a abraça, chorando assim como ela. Ela escorrega nos braços deles chorando tanto que sente que não tem mais forças. Grita para gastar sua última força num grito de desabafo. Em seguida se deixa escorregar pelos braços de Fet que a carrega para fora daquele local.


Norah está caída sobre o piso do quarto branco, deitada sobre uma poça de seu próprio sangue. Ela tenta se levantar, mas escorrega no caldo sobre o chão, se manchando quase toda de vermelho. Heinchrost entra no quarto branco, mais uma vez de forma silenciosa. A rodea curioso. Depois de um longo tempo sendo observada, Norah começa a perder o controle. Vira-se de costas para ele, e começa a escrever com o próprio sangue no chão. “Sou Norah. Eu morri aqui.”. Heinchrost ri:
_ Sabe o que eu descobri?
Ele se senta na frente dela e cruza as pernas, demonstrando que ficará mais tempo com ela. Ele prossegue:
_ Era para você ter se infectada…. quando eu entrei com minha língua em você.
Norah está trêmula. O medo não a deixa encará-lo ainda que tente. Ele continua:
_ E fico me perguntando… - riu. _ Doutora Norah. Seria você imune? Ou você já encontrou algo que você testou em si mesma?
Norah balança a cabeça numa negativa. Ele pede calma com a mão enquanto permanece explicando:
_ Calma, calma! - Ri. _ Na verdade cheguei a conclusão que tanto faz qual seja a resposta. No final você é a chave para acabar com tudo isso. - Ficou pensativo por um tempo. _ Acabar com pessoas como eu. Você acharia isso justo?
_ Pode me matar, seu desgraçado! A vacina ainda existirá! - Ela riu. _ A fórmula da vacina foi enviada para mais de mil cientistas ao redor do mundo. E você nem sabe quem são. - Ela finge gargalhar. _ Seu idiota, você perdeu! Você perdeu! - Ela berrou..
Heinchrost fica com raiva e sai. Norah começa a se empurrar contra a parede tentando se soltar, em desespero.


Fet dirigia a van voltando para o abrigo. Dutch acordou e se colocou de pé:
_ Precisamos voltar. - Com dificuldades, ela se sentou na parte da frente.
_ Precisamos é te levar para uma porra de hospital.
_ A porra do hospital pode esperar, Fet! - Ela fala enrolando seu braço. _ Norah foi pega por Heinchrost. - ela levantou a própria blusa visualizando o buraco do tiro que levara._  Ela está com ele agora. Naquele maldito quarto branco! - Ela pega a garrafa de bebida de Fet e atira sobre seu machucado. Ela grita de dor. _ Sabe se lá o que aquele desgraçado está fazendo com ela. - Ela pega uma fita adesiva dentro do porta luvas e começa a tirar os pedaços. _ Precisamos salvá-la. - Ela cola os pedaços em seu machucado para estancar o sangramento.
Fet vira o carro na hora, cantando pneu.

Heinchrost entra novamente no quarto.
_ Decidi que vou fazer alguns testes com você. - ele carregava uma seringa na mão.
_ Não vai injetar nada em mim, seu mostro horroroso! - Norah falava com nojo. Estava decidida a sobreviver. _ Afaste-se de mim! Me larga! Me solta!
Ele a segurou pelo pescoço tirando-lhe o ar. Norah desmaiou. Heinchrost injetou alguma coisa nela, e quase que na mesma hora ouviu uma explosão. Ele sorriu, e foi até uma saída de emergência. Sabia que se tratava de Fet e preferia não enfrentá-lo naquela situação. Sumiu deixando Norah desmaiada no chão. Fet passou o braço de Norah por trás de pescoço e a ergueu carregando-a no colo com facilidade. Em seguida tirou-a de lá.


Fet colocou Norah na parte de trás da van. E Dutch foi verificá-la. Dutch reparou que Norah parara de respirar.
_ Ela não está respirando. - Falou desesperada.
Dutch começou a aplicar todas as técnicas de ressuscitação. Contava até 3. E soprava dentro da boca de Norah. Em seguida pressionava seu peito fazendo uma massagem cardíaca intensa. Ficou fazendo isso por uns 5 minutos enquanto Fet os tirava dali. Norah acordou. E Dutch sentou-se ao seu lado aliviada. Norah se pôs sentada e ao ver que estava salva, começou a chorar. Dutch a abraçou com força, tentando consolá-la. Norah a abraçou também.
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